Super Mario Galaxy 2 (wii)

    

Antes de começar a falar de Galaxy 2 é preciso voltar um pouco ao passado. Quando o game foi demonstrado na E3 de 2009, muita gente se surpreendeu, pois era algo inesperado. No início, muitos diziam que o game seria mais do mesmo, uma expansão ou até um "caça-níquel" para sugar dinheiro dos fãs, porém é importante lembrar que a Big N não lança um game de plataforma do bigodudo com o número 2 no título desde Super Mario World 2: Yoshi's Island, para o Super Nintendo.
O único anterior a este é o Mario Bros 2 para o NES e desde que Mario entrou no mundo de três dimensões não houve uma sequência direta para os seus games.

Shigeru Miyamoto afirmou que é importante ressaltar que o segundo Galaxy é apenas o quarto game do Mario em três dimensões nos últimos 14 anos.

Os fãs ficaram eufóricos com a notícia, a ponto de quase esquecerem que New Super Mario Bros. Wii estava a caminho, mas a Big N conseguiu segurar o jogo espacial até 2010 para não ocultar o irmão. Em contrapartida, chegou até ser especulado que o game seria o mesmo que Majora's Mask foi para Ocarina of Time no N64, uma sequência com cara de ontem e apenas com algumas modificações (vale lembrar que Majora foi um belíssimo jogo). Mas quando se fala em Mario e Nintendo, estamos falando dos dois maiores ícones do mundo dos games, então não podia dar em outra: Super Mario Galaxy 2 é um dos melhores jogos do mundo (ou seria da galáxia?).

O início do game era algo esperado. Miyamoto tinha afirmado que ele não apostaria na história e sim nas ideias, já que segundo ele, Galaxy 2 é 95% original e os outros 5% são reciclados, e que todas as ideias que ficaram de fora do primeiro Galaxy estão presentes. Então, Mario é convidado por Peach para ir ao castelo comemorar o Festival de Estrelas, uma época em que chove Star Bits e o jogador aprende os comandos controlando o bigodudo lateralmente como se fosse em 2D. Durante o caminho ele encontra uma Luma, que logo aceita o bigode como amigo e toda a história vai se desenrolando semelhantemente a um livro. E claro, como de costume Bowser aparece para capturar a princesa, só que desta vez ele está gigante.

O vilão debocha do encanador e afirma que vai criar o Império Galáctico no centro do universo - novamente. Após isso, Mario é lançado para o espaço e conhece Lubba, uma Luma gigante que é mecânica, e precisa encontrar as Power Stars para avançar e ajudar o herói. E é a partir daí que se inicia a jornada.

As galáxias são acessadas através de um menu linear e não mais exploratório como era o Planetário no primeiro Galaxy, portanto basta você controlar a nave e selecionar com o cursor a fase. A primeira galáxia possui algumas semelhanças com o primeiro Galaxy. Por exemplo, você deve chegar até o final da galáxia, aprendendo os comandos e enfrentar Peewee Piranha, um chefe parecido com o do primeiro game. Quem jogou o Galaxy original vai perceber que há muito mais ajuda e explicação do que antes, pois a Nintendo tentou fazer um game mais casual ainda, mas isso não quer dizer que a dificuldade foi minimizada. Muito pelo contrário, o game está mais desafiador do que o primeiro, mesmo mantendo a jogabilidade. Um exemplo é a Flip Swap Galaxy, onde o jogador alterna entre as plataformas vermelhas e azuis chacoalhando o controle. Pode parecer fácil ao primeiro olhar, mas lembra quando o chacoalhão te salvou de cair naquele buraco? Pois é, aqui essa ajuda pode ser mortal, já que um pulo mal calculado irá fazer você mexer o Wii Remote para te salvar e a plataforma em que você deveria cair vai sumir. Se isso não é argumento o suficiente, quem sabe então pegar 100 moedas roxas em três minutos nessa galáxia?

Outro detalhe de casualidade do game está nos tutoriais espalhados pelas galáxias. Eles podem ser assistidos ou se o jogador explorar demais a galáxia e demorar certo tempo sem fazer o necessário para avançar, o tutorial aparece do nada. É triste para quem já conhece o esquema do jogo, pois tudo o que você tiver feito será resetado. Ou se por acaso o jogador morrer diversas vezes na mesma galáxia, uma versão cósmica de Rosalina irá aparecer para que o jogador possa ver como é que se chega ao final do desafio, mas a estrela será de bronze, sendo necessário fazer o objetivo para receber a dourada.

Os efeitos de gravidade estão melhorados e mais incríveis do que o primeiro. Na galáxia Upside Dizzy que é um 2D em 3D, a gravidade alterna entre cima e baixo,  fazendo o jogador ter dois caminhos diferentes para seguir, entre o chão e o teto. Genial! E por falar em 2D, Galaxy 2 tem mais partes em side scrolling do que o primeiro game e em muitas delas o jogador deve utilizar os power-ups, podendo brincar com a gravidade.